quinta-feira, 4 de março de 2010

Banho da sabedoria

7h30, hora do banho. Dispo-me, meto-me na banheira e aí começa a reflexão do dia. É verdade! Não sei se é o caso de outras pessoas mas o meu santuário privado, a minha Meca espiritual centra-se naquela casa de azulejos e portais de porcelana.


Durante cerca de quinze minutos (vinte, se a música que estiver a dar no mp3 for boa) reflicto sobre o dia que passou e principalmente na vitória do Benfica na última jornada. Questiono-me se os grandes líderes mundiais tomam as suas grandes decisões durante a hora do duche (palavra esquisita, duche. Caso não saibam, não digam duche perto de um americano: o resultado pode ser uma “galheta” bem dada na vossa cara; vejam no wikipédia que talvez vos elucide).

Claro que toda esta sessão de esclarecimento mental pode muito bem ser acompanhada de um desempenho digno dos Ídolos mas há algo na acústica da casa de banho que torna a minha voz (não sei se é a palavra certa) angustiante!

Agora vocês interrogam-se: mas que raio é que este rapaz que de certeza não tem nada para fazer de jeito na vida pensa quando está na banheira? Tudo!!! O estado de transe em que me encontro é de tal maneira impressionante que por vezes o pensar em nada já é algo que me ocupa mentalmente. Vindo de mim isso já é normal, principalmente quando o sono é meu dono e senhor.

Deixo esta sugestão no ar e experimentem fazer isto. Provavelmente, um dia terei dois senhores do departamento de águas da minha zona de residência a bater-me à porta tentando solucionar o mistério da água desperdiçada... A minha linha de defesa? Com a voz num grau de mariquinhas a níveis nunca antes vistos: “Estava a pensar sobre a vida.... no banho......”. Ora aqui está um exemplo de um dos muitos pensamentos do banho desta manhã. Ridículo, eu sei!

Por fim, a meditação acaba. A torneira é fechada e um relâmpago de génio atinge-me: “Rai’s parta! Esqueci-me do shampô...”.

1 comentário:

Cisne disse...

Aaaaah! Agora já entendo a tua costela de noiva :P


Cisne.